quarta-feira, 17 de abril de 2013

Análise crítica do filme Muito além do peso.

O filme começa com uma situação comum do cotidiano, no cuidar de uma criança: de quando ela faz “birra”, chora, apronta para conseguir dos pais o que quer. Geralmente os pais acabam cedendo a isso e a criança consegue. O problema é que as crianças, que vivenciaram poucas experiências e que possuem uma bagagem de conhecimento muito pequena, logo, não sabem fazer escolhas, se são boas ou ruins e, muitos adultos, para não se estressarem mais como apelo delas pelo que desejam comer (como no caso do filme), dão os salgadinhos, o refrigerante e a comida não-saudável de “fast food”, sem medir as conseqüências. Isso pode implicar uma série de problemas à saúde da criança, como a obesidade.



Ao longo do filme são entrevistados crianças, jovens, responsáveis e profissionais da saúde e pessoas públicas ligadas ao âmbito da nutrição, do hábito alimentar, para desvendar a razão de alimentos com pouco valor nutritivo serem os mais consumidos e dos casos numerosos de obesidade. E dessas “investigações” se evidenciam o desconhecimento do cidadão sobre o próprio alimento, a incompetência do Governo de promoção a saúde e ao esporte, a precariedade do sistema de ensino e de alimentação na educação básica para orientar nutrição e saúde, a “familiaridade” dos filhos com a TV e com computador maior do que com a prática física, a estratégia das empresas de produtos alimentícios de associar seus produtos a um desenho animado da TV de quem as crianças são fãs, aos gostos dos adolescentes, e ao sentimento de felicidade e de superioridade. Todos esses fatos já são incorporados na sociedade como costume, cultural, quase irreversível, que faz até mesmo muitas as mães darem refrigerantes aos seus bebês e não cumprirem corretamente o período de amamentação pós-gestação, as crianças desconhecerem vários alimentos de bom valor nutritivo como legumes e frutas, e o Governo ser parceiro de uma empresa de “fast food”, que serve alimentos de péssimo valor nutritivo, para promover a boa alimentação.



E na última parte dessa produção uma personalidade estrangeira, com sua opinião, liga as grandes empresas alimentícias, as que vendem os produtos prejudiciais a saúde, ao topo de detentoras de grande poder no mundo, fazendo com que os Estados, os Governos sejam seus serventes, marionetes.

Pelo fato de as causas desse quadro negativo estarem impregnadas na cultura de muitas regiões e globalizadas, combater a obesidade não será como descobrir um remédio, uma solução e distribuir a todos como se fosse vacina; depende de atitudes diferentes e inteligentes tanto dos que forem se tornar líderes em uma mobilização contra isso quanto dos cidadãos.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Metabolismo Energético 5: Inter-relação entre rotas.

O metabolismo energético no âmbito das transições de energia de fontes aeróbicas e anaeróbicas durante o exercício (Interrelação entre rotas)

Sistema ATP-CP: fornece rapidamente energia através de fosfatos armazenados dentro dos músculos em exercício. Para atividades de intensidade máxima e de curto tempo.

[Gráfico 1) porcentagem de energia usada x tempo
Corrida
aos 10 segundos: maior gasto é de creatina fosfato
aos 40 segundos: maior gasto é de glicólise
a mais ou menos 3 minutos: maior gasto é do sistema aeróbio; cada vez menos gasto de creatina fosfato e de glicose.
A mais ou menos 5 minutos: predomina uso aeróbio; quantidade de glicose e de creatina fosfato irrisórios. ]



Quanto a energia
Intensidade máxima: usou 100% de energia
Intensidade absoluta: velocidade, potência, força, tempo para realizar trabalho.
Intensidade relativa: 11Km/h pode ser uma intensidade excessiva ou pequena, dependendo do indivíduo.

Pode, numa prova de corrida, correr usando 80 ou 60% de energia? Sim mas a 80 ou a 60% de uso de energia provavelmente implicará em rendimento e em resultado indesejáveis.

Maratona & cem metros:
Maratona, baixa intensidade absoluta e alta intensidade relativa.
Cem metros, alta intensidade absoluta e alta intensidade relativa

Sistema Aeróbico


importante para a transferência de energia principalmente quando o exercício vigora por muito tempo.
.[ Gráfico 2) Uso de energia aeróbia quando em exercício X tempo
A mais ou menos 10 minutos: uso predominante de carboidrato CHO.
A mais ou menos 30 minutos: uso maior de gordura, lipídio e contribuição pequena de CHO. ]
“Não se começa a queimar gordura depois de 20 minutos só; já gasta pela troca respiratória” – ex: taxa 0,5 de troca respiratória é o gasto de CHO e de gordura meio a meio.



“É a intensidade que manda na duração do exercício e não a duração que manda na intensidade.”


Cooper, médico pesquisador dos Estados Unidos da América que defende exercício aeróbico, desenvolveu o teste de Cooper, que:
Não se deve aplicar em crianças de 12 anos.
Foi desenvolvido para soldados.
Para realizá-lo, correr 12 minutos, tem de ter treinamento
Mede o índice de capacidade aeróbia e consumo máximo de oxigênio.

Como aplicar fisiologia do exercício em esportes acíclicos como futebol, luta, ginástica e dança? Devemos decompor a atividade.

[Gráfico 3) freqüência de tiro de corrida no futebol x distância
Jogador de futebol dá muito mais tiros de 5 metros durante a partida do que de 10, 20, 30 ou 40 metros de distância. Jogador de futebol é fundista e não velocista, consome 60 miligrama de O2
Jogador de futebol percorre em média 10km por partida de 90 minutos
Jogador de futebol dá de 500metros a 700metros só de tiros, média de 70 tiros por 90 minutos; menos de um tiro por minuto. ]




quarta-feira, 3 de abril de 2013

Metabolismo Energético 4: Consumo de oxigênio e Lactacidemia


Metabolismo energético: Consumo de Oxigênio e Lactacidemia.

Consumo de Oxigênio 

VO2 (volume de oxigênio): capacidade de captar, de transportar e de utilizar oxigênio.

VO2 pico: consumo máximo de oxigênio atingido antes de haver estabilização da quantidade de oxigênio captado. É possível identificar no gráfico o VO2 pico como o consumo máximo de VO2 antes de aparecer um platô.

VO2 máximo: O maior volume de O2 por unidade de tempo que se consegue captar respirando ar atmosférico durante o exercício.

 O VO2 máximo possui limitação central (débito cardíaco máximo) e limitação periférica (diferença arterial e venosa de oxigênio).

 Qual esporte possui atletas que consomem mais oxigênio durante a prova? Esqui Cross Country.

A maratona é competida com mais tensão do que uma ultra-maratona (100km) pois, apesar da distância menor e de durar menos tempo, exige muita resistência aeróbica e é realizada sua prova com maior intensidade absoluta. Para terminar uma prova de ultra- maratona é necessário realizá-la com menos tensão.

 Maratonista consome 70 a 80 ml . kg / minuto; sedentário saudável, 25 ml .kg / minuto.

 O que influencia a determinação de que pessoa possuirá aptidão para prática de uma modalidade esportiva em alto nível são aspectos genéticos e processo de seleção natural do esporte.

“Background genético e motivação fazem atletas de alto nível.”

“Basquete não faz crescer; tem que ser alto.”

“Ginástica não freia crescimento; deve ser baixo já.”

“Natação não cresce ombro e clavícula; ombro grande é genético.”“Natação não cresce ombro e clavícula; ombro grande é genético.”“Natação não cresce ombro e clavícula; ombro grande é genético.””Natação não cresce ombro e clavícula; ombro grande é genético.”

Consumo de VO2
Medida absoluta: ml/ min
Medida relativa: (ml/min)/kg
[Gráfico 1) consumo de VO2 x cargas watts em Testes
Economia de gesto (de movimento) em cargas maiores usando menos VO2; isso é positivo, é economia de energia.
VO2 pico atingimos.
 E VO2 máximo pode ser treinado.
Platô: aumenta número de cargas sem aumentar consumo de O2; seria bom ter anaeróbio ótimo em uso, pois o aeróbio não está sendo mais tão utilizado.]


Atleta, treinado, alcança ritmo estável mais rapidamente, O2 total consumido maior, componente anaeróbico de transferência de energia menor e alta capacidade muscular de geração de ATP.

[gráfico 2) VO2 (ml/kg)/min X Trabalho Watts

 VO2 máx II: Em cargas maiores consegue usar menos O2 sustenta carga por mais tempo
VO2 máx I  :]




 O VO2 de uma pessoa normal em repouso 5 mililitros quilograma.

[gráfico 3) VO2 (ml/kg)/min & tempo (minuto)

Déficit de oxigênio: quantidade extra de oxigênio que teria sido consumida se a captação de O2 estivesse em ritmo estável imediatamente. Na falta dessa quantidade se sustenta a carga pela atividade glicolítica, sem O2.
Ideal seria sem o déficit de oxigênio.]




Quando aumenta carga (nesse caso velocidade numa corrida)
[escada 1) Vo2 X intensidade
Numa corrida alguém que corria a 10km/h aumenta para 12km/h; houve déficit de O2. De 12km/h para 14km/h, déficit maior; e de 14km/h a 16km/h, déficit maior ainda.]





O atleta de alto nível possui déficit de oxigênio menor.

Quando diminuir carga
[gráfico 4) VO2 X tempo (min)
Diminuição da carga implica EPOC (excesso de consumo de oxigênio pós exercício), que é débito, dívida de O2, sempre maior do que o déficit de oxigênio]




O atleta de alto nível possui EPOC menor.

O teste ergoespirométrico possibilita determinar variáveis respiratórias, metabólicas e cardiovasculares pela medida das trocas gasosas pulmonares durante o exercício e a expressão dos índices de avaliação funcional.

O consumo máximo de oxigênio e o limiar anaeróbio são os principais indicadores de aptidão funcional cardiorrespiratória, sendo utilizados na prática para diagnóstico e prognóstico de desempenho esportivo.

A monitorização do treinamento torna-se um procedimento individualizado, na medida em que são utilizadas a velocidade e a frequência cardíaca do limiar anaeróbio para indicação e diagnóstico do treinamento.


Lactacidemia

É a formação de ácido lático (lactato) subsequente do uso de energia anaeróbica, tornando possível a ressíntese rápida de ATP mesmo com escassez de oxigênio; é como uma reserva energética.

[gráfico 5) VO2 X tempo
Se a carga aumenta, impõe, aumenta a concentração de lactato.]



[gráfico 6) Concentração de Lactato X Trabalho Watts
Concentração de lactato é balanço entre produção e metabolização energéticas.
Saturação de MonoCarbono Transporters resulta em aumento da produção de lactato.]



[gráfico 7) Concentração de Lactato X VO2]



[gráfico 8) Limiares de de Concentração de Lactato X Trabalho Watts
Área Subaeróbia: estímulo insuficiente para aumento de produção de lactato.
Zona Aeróbia extensiva: baixa intensidade, longa duração; inicia melhoria de adaptação, maior densidade mitocondrial.
Zona Aeróbia intensiva: alta intensidade, curta duração; melhoria do sistema cardiorrespiratório e cardiovascular.
Zona Anaeróbia: melhoria de adaptação no aumento de massa muscular.
Com treinamento é possível alterar esses limiares.



quarta-feira, 27 de março de 2013

Lípolise , Beta Oxidação, Ciclo de degradação da proteína e Síntese de Proteínas




Olá. Na aula do dia  21 de março de 2013 estudamos lipólise que, através da quebra de lípidios, é outro mecanismo para obtenção de energia ATP.



Lipólise

Os ácidos graxos livres são captados e levados por FABP e FAT para dentro da célula, onde se torna palmitato acil, de 16 carbonos; antes estavam na circulação sangüinea.
Na célula, Cat1 capta palmitato acil até a carnitina em que acil se liga: vira acil carnitina palmitato. CAt2 depois capta acilcarnitina palmitato e transporta até a mitocôndria, carnitina sobra para se ligar ao palmitato acil a seguir, resultando em acil palmitato, de 16 carbonos, dentro da mitocôndria.
Depois o palmitato acil sofre beta oxidação (a quebra de triglicerídeos nas ligações beta), o que, para cada molécula de palmitato acil demora sete voltas (cada volta reconstitui 5 ATP; 35 ATP depois de todas), em que nas seis primeiras cada uma forma um AcetilCoensimaA e na última, dois. Também NADH e FADH são oxidadas nas voltas.

Cada molécula de AcetilCoA formada se liga a oxalacetato e forma citrato e implica no Ciclo de Krebs, formando 3 NADH, 1 FADH e 1 ATP; ao todo, cada molécula de AcetilCoA implica na síntese de 12 ATP

Como nas voltas de Beta oxidação formam-se 8 Acetil CoA, são oito ciclos de krebs a cada palmitato acil, o que dá 12ATP vezes oito voltas igual a 96 ATP.

Somando aos 35 ATP sintetizados nas voltas de beta oxidação e descontando 2 ATP pelo consumo na ativação, o total no final são 129 ATP produzidos por palmitato acil que vão para a cadeia respiratória.

Vejamos alguns conceitos sobre Gordura:


1)O tecido adiposo é reserva de lipídios (gordura), é subcutâneo, recobrindo todo o nosso corpo, até na testa; no abdomen o tecido é adiposidade visceral.

2)Gordura, é a ligação de três moléculas de ácidos graxos com uma de glicerol.

3) Hiperplasia e hipertrofia de gordura da gestação a maternidade:
Até os 3 meses após nascimento houve muito ganho de adipócitos, hiperplasia (aumento do número)
Até os nove meses a hipertrofia( aumento do tamanho) dos adipócitos teve mais relevância.
Novamente, dos 10 meses aos três anos de idade predominou no desenvolvimento mais a hiperplasia do que a hipertrofia dos adipócitos.
A partir dos 11, 12 anos ocorre o estirão puberbal, mais hiperplasia.
E quando a maturidade biológica é atingida, começa a ser pouco o incremento de adipócitos no organismo.

4) você pode ver pessoas gordas de proporções iguais de comprimento vertical e horizontal, mas não quer dizer que tenham o mesmo número de adipócitos, pois um pode ser hiperplásico (com mais números de adipócitos, geralmente gordo desde a infância, e sofre mais para emagrecer e facilmente recupera os "quilos" que perde) e o outro hipertrófico (geralmente engorda pela vida adulta, na maturidade).

5) Exercício localizado não queima gordura localizada porque a mobilização dos ácidos graxos é sistêmica, e ativa Lipase Lipoprotéica (LLP) e Lipase Hormônio Sintetizante (LHS) na circulação de todo o corpo.

6) O Depósito localizado de gordura mais em uma parte do corpo do que em outra depende de onde se localiza a maioria dos receptores (estruturas protéicas que recebem hormônios) de glucagón no organismo; onde tem mais gordura é o local em que estão mais receptores de glucagón.



Além de β-oxidação estudamos o ciclo de degradação da proteína, bastante breve, e revisamos síntese de proteínas.



Ciclo de degradação da proteína

A proteína (fonte de glicose), quando quebrada, implica uma série de aminoácidos como a Alanina. Alanina, na circulação, é captada pelo fígado, para dentro, e a desamina formando piruvato e NH2.
Depois piruvato é convertido em glicose, e, pela circulação, se direciona para o músculo, formando-se piruvato que se configura em Alanina e novamente em proteína.

Síntese de Proteínas

O DNA contém planos detalhados para cada proteína que é sintetizada. Isso determina o crescimento e o desenvolvimento de células, de tecidos e do organismo inteiro.

Na escada de DNA configurada por sequências de bases (adenina, timina, citosina, guanina), a cada trinca de bases se codifica em um aminoácido.
No núcleo é feita uma transcrição do código pelo RNAmensageiro, que parte para o citoplasma a encontro dos ribossomos, onde se monta as proteínas.

Nos ribossomos um RNAtradutor se alinha ao RNAmensageiro formando ligações peptídicas entre dois aminoácidos por vez. Esse RNAtradudor se destaca e outro se acopla no mensageiro, assim se formando a cadeia de proteína que cresce até que um codón do RNAmensageiro determine o fim do crescimento da cadeia.


Alguns conceitos:

1) Músculo serve para depositar energia e é feito de proteína (composta por aminoácidos); proteína não é armazenada.
2) Organismo com pouco glicogênio armazenado se exercitando libera muito mais nitrogênio e uréia pelo suor do que um organismo com quantidade ideal de glicogênio armazenado.



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quarta-feira, 20 de março de 2013

Metabolismo Energético 3

Olá. Na aula do dia 19 de março de 2013, estudamos Ciclo de Krebs, parte do sistema aeróbico de produção energética, em que participa oxigênio e que ocorre depois da glicólise.

Quando o piruvato, em vez de ser afetado pela enzima LDH e tornar-se lactato, é captado por MCT(mono carbono transporter) e transferido para a mitocôndria, onde combina-se com a coenzima e torna-se Acetil Coenzima A. Essa molécula, estando no Ciclo de Krebs, tem sua porção acetil ligando-se a oxalato e forma citrato. Ao longo desse fracionamento, NADH e FADH2, se acoplam nas estruturas citocrômicas (onde ATP e hidrogênio é liberado também) e depois de captados por eletron shutton para a mitocôndria, intervêm em substratos da glicose como cis-aconitato, isocitrato, oxalossuccinato, alfacetoglucanato, succinato, fumanato, malato e oxalacetato. 

Os resultados são a liberação de ATP em certas etapas do ciclo e de hidrogênios que, para não se acumularem no sistema devido a acidez, são transferidos para as cadeias respiratórias, onde reagirão com oxigênio, se oxidarão e se formarão moléculas de água. 

Considerando as duas moléculas de piruvato entrando no Ciclo de Krebs realiza-se a seguinte soma para constar quantas moléculas de ATP forma produzidas:

Glicólise= 2 ATP

NADH's por piruvato (4) x Piruvatos (2) x ATP liberados (3) = 24 ATP

FADH's por piruvato (1) x Piruvatos (2) x ATP liberados (2) = 4 ATP

Lançamentos de NADH's do citoplasma para a mitocôndria por eletron shutton = 6 ATP

Substrato = 2 ATP

Então, 2 ATP + 24 ATP + 4 ATP + 6 ATP + 2 ATP = 38 ATP produzidos na Mitocôndria a cada duas moléculas de glicose que passa por todos os estágios de fracionamento.




Metabolismo Energético 2

Olá. Na aula do dia 14 de março de 2013 continuamos com metabolismo energético estudando glicólise, um sistema anaeróbico de produção de energia, que não tem participação de oxigênio. Para isso revisamos alguns conceitos: 

O carboidrato é constituído por carbono, hidrogênio e oxigênio; tendo, como fórmula geral, CHO.

Glicose:é o carboidrato mais conhecido, está nos fluidos corporais; sua fórmula molecular é C6 H12 O6.
Glicogênio: polímero de sacarídeos, localizado mais no fígado (em que a concentração de glicogênio é maior) e no tecido muscular esquelético.
Glicemia: glico + hemia, é concentração de glicose no sangue.

A glicemia normalmente é cerca 110 miligramas por decilitro de sangue. Em jejum fica por volta dos 100, e acima de 120 pode ser risco de diabetes. A insulina, também no sangue, regula a taxa de glicose para que não suba, fazendo a célula captar glicose para dentro de si. Na célula há receptor de insulina que é ativado quando capta insulina no sangue, liberando IRS 1, IRS 2 e IRS 3 que são substratos do receptor. Esses são fosforilados e formam-se o AKT's, que liberam vesículas com gluts, que se translocarão até a membrana celular para capturarem glicoses e transportarem para o citoplasma.

Se não tiver insulina em boa quantidade não há desencadeamento de glicose, captando menos glicose, podendo glicemia subir para cerca de 150, o ponto de corte da diabete tipo 1. Então, se glicemia estiver alta estimulará a produção de insulina demasiadamente (hiperinsulinemia), que pode fazer o pâncreas falecer de tanto "trabalhar".

Depois que a Glicose é levada para dentro da célula uma enzima (ecsokinase) age sobre e forma glicose-6-fosfato, há fosforilação consumindo 2 ATP e forma insulina-6-fosfato, a enzima fosfofrutokinase age sobre e forma fruto-1,6-difosfato, e novamente fosforila e forma dois difosforo glicerato em que NADH's se acoplam em cada um e formam 2ATP cada até resultar em 2 piruvatos e 4 ATP's. E o piruvato tem dois caminhos: ou é transportado por MCT para a mitocôndria e participar do Ciclo de Krebs, ou se acumula no citoplasma porque no momento tiveram poucos MCT's ativos para captá-lo e levá-lo a mitocôndria para produzir ATP e permitir que a enzima LDH o converta para lactato, que o coração consome bastante.

Ou seja, mais intenso exercício, mais MCT (Mono Carbono Transporter), mais fluxo de glicose, formação de piruvato para o ciclo de krebs, mais explosão no exercício. Menos intenso o exercício, menos produção de piruvato que irá a mitocôndria. O lactato em excesso nos músculos causa forte acidez que desconforta e causa dor após o exercício.

Os hidrogênios produzidos no metabolismo vão para a fenda sinaptica que leva à condução neuromuscular. Afeta Retículo Sarcoplasmático que libera Cálcio, que gera troponina. Ocorre diminuição da permeabilidade da membrana no retículo, menos
Cálcio é liberado (diminuída a atividade do acetilcolina), diminuindo contração e a força pois o número de pontes cruzadas baixou.

                                          

Metabolismo Energético 1


Olá! Na aula do dia 12 de março de 2013 começamos a estudar metabolismo energético. Para início dessa matéria é necessária uma breve explicação do que seria energia.

Energia: algo capaz de realizar trabalho (W=F.d). Se trabalho é força vezes distância, logo, energia é algo capaz de realizar força também.
Formas de energia: mecânica, elétrica/magnética, química, térmica, luminosa e nuclear.
Ordem das formas as quais a energia toma no metabolismo energético: química, elétrica, mecânica.

A energia que o organismo recebe deriva da oxidação dos alimentos, dentro do meio aquoso da célula, é contínua e seu suprimento também. Na célula são extraídas as energias químicas armazenadas nas ligações das moléculas de carboidratos, gorduras e proteínas.

Para que a energia seja gasta, usada, deve haver uma "moeda de troca" energética no metabolismo: é a ATP (Adenosina Trifosfato). ATP, para agir, reage com água (H2O), que separa a ligação de um fosfato e se torna ADP, liberando cerca de 7 a 12 Kcal de energia por mol de ATP.
Depois que ATP converte-se em ADP, há a ressintetização de ATP com aporte energético extraído de micro nutrientes, carboidratos, proteínas. Quanto maior a densidade (massa x volume) do aporte energético, maior será o número de ATP's reconstituídos (gordura tem alta densidade e, logo, faz reconstituições de vários ATP's). E a energia para a ressíntese de ATP vem da Creatina Fosfato (CP).

A creatina é tripeptídeo ( 3 cadeias de aminoácidos), sintetizado no rim, que o capta. Ao captar creatina há adição de grupamento fosfato, quebra de ATP e fornece fosfato e energia à creatina; e surge a Creatina Fosfato. O organismo possui reserva de Creatina Fosfato, pois em 2 ou 3 segundos todo ATP é usado. No exercício, a concentração de ADP estimula a atividade da creatina kinase, uma enzima que ajuda a fracionar Creatina Fosfato, direcionando a energia liberada para o ADP, e assim o ATP é ressintetizado.
O momento da fadiga reflete a baixa taxa de Creatina Fosfato no organismo, que não consegue favorecer a constituição de ATP.




Imagem da ressintetização de ATP é do site ebah.com.br e a da degradação de atp é do site education.mrsec.wisc.edu.